quarta-feira, 26 de setembro de 2012

E a visita do inesperado aconteceu

Terça-feira dia 25 fomos para as cachoeiras das Almécegas, um lugar muito bonito e especial de acordo com várias pessoas com quem conversamos. A trilha é relativamente curta (1,8km)  com pouca estrada de terra e duas quedas d'água diferentes para conhecer e tomar banho. A cachoeira Almécegas 1 tem dois paredões formando um canion e fomos lá primeiro por ser mais distante. Tomamos banho, ficamos um bom tempo lá, meditamos e fomos para a a Almécegas 2. Lá ficamos um tempo deitados, meditamos de novo e senti energias maravilhosas com toda essa experiência na natureza.
Subimos até a moto, saímos e na hora de fazer a curva para voltar a moto tombou para a esquerda e caímos. O Thi conseguiu sair rapidinho, mas meu pé esquerdo ficou preso debaixo da moto prensado. Eu comecei a gritar, ele levantou um pouco, eu consegui tirar o pé mas o tenis estava preso. O pé inchou, doeu, uma parte afundou mas eu estava inteira...rsrs. O importante é que mesmo eu estando machucada conseguimos sair de lá (o Thi só ralou o cotovelo). Chegando no hotel fiz bastante compressa de gelo. Parecia estar só torcido e bem dolorido.
A noite achei que tinha condições de sair de moto com ele e jantamos no velho e bom Cravo e Canela (uma das únicas e boas opções veganas aberta na cidade). Tomamos um delicioso caldo de mandioca com quinua e funghi e um pizza vegana com cobertura de tofu e tomate. E depois disso, a noite no quarto, percebi que não conseguia mais pôr meu pé no chão.
Continuando com compressas de gelo, pomada antiinflamatória e própolis no dia seguinte, quarta, ainda doía e não era possível por o pé no chão. Os gentis adiministradores da pousada me levaram de carro até o hospital municipal da cidade (tem só esse aqui). Tirei raio-x e era só a torção e trauma. O médico afirmou não ser necessário imobilizar, mas nada de forçar e por o pé no chão. Nada de medicamentos também pelas minhas alergias e pomada local de arnica. Segundo ele demoraria uns 4 dias para começar a melhorar. Sem condição de subir na moto, decidimos encerrar Esta viagem por aqui....
Vou quinta de manhã com um táxi até Brasília e pego o vôo do meio-dia para SP. O Thi voltará de moto em 2 dias.

Reflexões
A famosa pergunta para refletir.... Por que uma viagem toda voltada para integração com a natureza, com tantas meditações e momentos mágicos acaba assim? Não de forma desastrosa, mas antes do planejado. Confesso que tenho parte da resposta, mas ainda não entendo tudo. Estou meditando e sentindo o porquê de tudo isso. Quando nos acidentamos e nos machucamos é um recado bem claro do universo que precisamos parar e aprender verdadeiramente a seguir as decisões do coração. Se a alma quer ir para um lado e os pés do outro..... Há uma incoerência dentro de mim que preciso sentir e descobrir.
Estou com o coração alegre e grato por ter vindo até aqui, não tenho do que reclamar. A viagem foi linda, perfeita e vivi momentos incríveis...e nada acaba por aqui. Agora vem uma etapa de pausa e cura e para responder a esse chamado que me convida a me amar, me respeitar e seguir meu coração com mais sabedoria.
E haverão ainda muitas viagens....de moto, ou não. A causa não é o veículo, e sim padrões que precisam ser liberados que causaram isso.
As lições da vida são grande oportunidades de crescermos e melhorarmos.
Como nos mostra a antiga sabedoria chinesa, na língua deles crise e oportunidade são sinônimos.

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